O aumento na média móvel de casos e a escalada na taxa de positividade de testes da covid-19 apontam que o país está vivendo um período de alta da doença. Porém, segundo especialistas ouvidos pela coluna, essa alta está sendo ainda mais subnotificada por conta dos autotestes.
No país, mesmo que o resultado de um autoteste dê positivo, o caso não é contabilizado pelas autoridades. Para isso ocorrer seria necessário que a pessoa procurasse um ponto de testagem oficial e fizesse exame conduzido por um profissional de saúde.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o autoteste de covid-19 não define um diagnóstico, que deve ser realizado por profissional de saúde.
"Seu caráter é orientativo e o mesmo serve como triagem para orientar o usuário sobre o risco de transmissão do vírus e as medidas que podem ser adotadas (dentre elas, a realização de exame confirmatório, mediado por profissional de saúde)", diz a agência à coluna.
De acordo com o Ministério da Saúde, não há dados de quantas pessoas buscaram serviços de saúde após os autotestes.
A pasta explica que quem faz o autoteste deve "atender a orientação do fabricante" e que, a partir do resultado obtido, "procure uma unidade de atendimento de saúde para que um profissional realize a confirmação do diagnóstico, a notificação e oriente quanto à prevenção da transmissão do vírus e forneça a assistência necessária".
Apesar da recomendação, não há obrigação para que quem faça o teste e dê positivo procure um local de atendimento. Nem mesmo as farmácias que vendem os testes sabem informar quantas pessoas compraram e fizeram o autoteste.
Ao contrário de outros países, o Brasil não distribuiu autotestes de covid-19 à população.
Do Uol
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