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UM AMOR NO SERTÃO - POR FLÁVIA ORRICO



Foto: Reprodução/Facebook 
Por Flávia Orrico

Que sol ensolarado, açudes secos, fontes de água escassas, vegetação escura e pobres, calor intenso, com alguns cactos que ainda conseguem embelezar esse cenário de amor, fé em Deus e sofrimento. A religiosidade do sertanejo é muito forte. É o que ajuda a superar tantas atribulações da vida. Essa é a história de Tonho e Maria, povo sofrido do sertão. Esses podem se chamar verdadeiros guerreiros da sobrevivência.

Que amor bonito, que chama atenção, em pleno sertão. Bonito de se ver. Tudo tão simples, mas o amor tão grandioso, esse não falta, mesmo numa casinha de taipa, com seu animalzinho de estimação, um cachorrinho preto magrinho, sentado na entrada da porta da casa, guardando todos que moravam lá, com uma ventilação um pouco aquecida, devido a temperatura elevada do verão, por conta daquele sol forte que chegava a doer quando nos horários de pico alguém se aventurava a sair da sombra. Mesmo assim o sertanejo é feliz por saber que  tem seu amor perto e ambos encontram forças um no outro e a sua fé em Deus para tudo passar. 

Esse é o jeito que o sertanejo sabe amar. Eles sofrem, mas sabem que seu amor está lá em tudo que se tem. Mesmo com a pouca comida na mesa se conseguia alimentar os três seres que ali viviam: Tonho, Maria e seu franzino guardião, chamado por rock, dando para contar as costelas pela pouca comida que se tinha que dividir. Esses que vivem sofridos por causa da seca, falta d'água e lata na cabeça e comida faltando na mesa, mesmo assim ainda tentam plantar sua pequena agricultura de subsistência para tentar alimentar à família. Ô povo sofrido, sabe o que é a falta das necessidades básicas.  Mas uma coisa eles sabem bem, que é ter fé em Deus e amar. Até podem dar aulas a muitos doutores, (que o materialismo e as facilidades da vida subiram à cabeça).

 Um belo dia Maria armou uma rede no alpendre da sua humilde casa de taipa, para seu amor Tonho se balançar. Eita...  Maria quente, logo sentiu um calor e nas suas carnes sentiu ferver de dentro para fora. O que já estava quente pelo clima ensolarado conseguiu ficar mais quente com o calor de Maria. Logo correu para dentro da rede se sacudindo nos braços do seu amor, para os dois chafurdar. Tonho quando viu seu amor na rede deu logo aquele sorriso, mostrando os dentes. No balanço da rede, para lá e para cá, naquele balanço gostoso, que só nos nordestinos conhecemos e que as redes nos proporcionam, Tonho já sentiu também seu corpo borbulhar e nesse chafurdo, gerou seu primeiro filho. Veio como uma benção dessa bela união de amor, que só Deus para salvar seres tão desprovidos de tudo na vida. Mas a fé do povo nordestino já nasceu com eles. Maria, já com o filho quase pela boca e a seca aumentando, Tonho, humildemente ia todos os dias à noite para o relento, olhava para o céu e com todo o respeito ao seu Divino Pai, tirava o chapéu e começava a chorar, pedindo o milagre da chuva, para sua família poder alimentar. Um amor simples, mas verdadeiro, comida a lenha com água no pote, com as telhas que dava para ver o céu com as estrelas e a lua. 

Esse era o cenário de amor. Muitas vezes ambos observavam as estrelas e chegavam até a contar e também contemplavam a beleza da lua, nesse cenário singelo com a simplicidade e a pureza do povo sertanejo, que sabe o verdadeiro significado da palavra amar e ter fé em Deus. Passados alguns dias, caiu uma bela chuva. Logo Depois, Tonho saiu nas carreiras em busca da parteira que era sua vizinha de sítio. Chegando, logo Maria pariu seu primogênito. Uma grande felicidade reinou nessa humilde família. Que Deus abençoe todo esse povo sofrido e que nunca perderam a fé em Deus. Viva ao povo nordestino. Povo forte, corajoso, hospitaleiro e de muito amor no coração.


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