Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trabalham em um projeto que pretende frear o processo de desertificação na região da caatinga. Segundo eles, 15% do território total da caatinga no país está em processo de desertificação. O trabalho é desenvolvido em uma área de 3,5 hectares da Floresta Nacional de Assu, no interior do estado.
O experimento faz parte de uma rede internacional envolvendo 16 países, que também procura impedir a desertificação em seus principais biomas e é o único na América Latina. O objetivo é investigar como a diversidade de espécies afeta o funcionamento do ecossistema. “Todos esses projetos no mundo têm um objetivo comum que é avaliar como é que diferentes níveis de diversidades de plantas podem afetar o funcionamento do ecossistema”, explicou o pesquisador Rafael Oliveira.
A caatinga é um tipo de vegetação que só existe no Brasil e está presente em 9 estados do Nordeste e no Norte de Minas Gerais. O projeto de restauração ecológica da caatinga começou em 2015. Na época, 600 mudas foram plantadas por meio de métodos de plantio diferentes. Dois anos depois, os pesquisadores concluíram que plantar mudas com raízes mais longas aumenta a eficácia de sobrevivência das plantas em 75%. Em algumas espécies, a taxa de sobrevivência foi ainda maior.
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