Da entonação da voz aos argumentos de defesa, Aécio Neves foi o mesmo na tribuna do Senado na tarde desta terça-feira (4) em sua primeira manifestação pública depois de reassumir o mandato. A pedido da Procuradoria Geral da República e por decisão do ministro Edson Fachin, ele ficou afastado por 46 dias.
Antes de começar a falar, Aécio pediu para não receber apartes. No plenário, a ausência de senadores de oposição (PT, Rede e PSB) chamava a atenção, enquanto tucanos e peemedebistas se levantaram para cumprimentá-lo ao final. No discurso, Aécio disse que o afastamento do mandato por mais de um mês o fez pensar nos anos que viveu na política. Ele preferiu rememorar os bons momentos.
Em determinado instante, reconheceu ter errado, mas em lugar de um "mea culpa", disse que seu erro foi ter se deixado envolver "por uma trama ardilosa" e por ter envolvido sua família. Também pediu desculpas pelo vocabulário que, "quem me conhece sabe que não me é comum".
Pelo tom e primeiras conversas ao chegar ao Senado, Aécio Neves deixou claro que pretende reassumir seu papel na política do momento de forma integral. No entanto, não deve reassumir a presidência do partido, tampouco renunciar ao cargo de presidente do PSDB, que tem hoje como presidente interino o senador Tasso Jereissati (CE).
A seus interlocutores, tem dito que também não pretende antecipar o processo de renovação do comando do partido, como é o desejo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
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