A decisão da primeira Turma do STF de manter Andrea Neves na prisão representa revés duplo para o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Primeiro ponto: o placar, de 3 a 2, deixa o mineiro em alerta porque será julgado justamente na Primeira Turma do STF, na semana que vem, o pedido dele para reassumir o mandato, do qual foi afastado no mês passado.
Segundo ponto: também caberá à Primeira Turma julgar o pedido de prisão do senador apresentado pela PGR. Segundo interlocutores, Aécio está muito abatido com a prisão da irmã e, mais ainda, agora sem perspectiva de que ela seja solta.
As investigações sobre Aécio tinham como relator o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato e que é da Segunda Turma do STF, a mesma que decidiu colocar em liberdade o ex-ministro José Dirceu.
Mas a defesa de Aécio pediu que o processo saísse do gabinete de Fachin, sob o argumento de que não era caso da Lava Jato. O Supremo, então, sorteou o novo relator, que passou a ser o ministro Marco Aurélio Mello.
Ao votar sobre o pedido de liberdade de Andrea Neves, Marco Aurelio votou pela soltura, mas foi vencido na turma com os votos de Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Até aqui, não se conhecida os votos dos ministros que integram a Primeira Turma do STF em relação aos casos recentes de corrupção.
A manutenção de Andrea Neves na prisão não deixa dúvidas de que, de agora em diante, políticos citados na Lava Jato vão preferir ser julgados na segunda Turma que, há pouco mais de um mês, decidiu colocar José Dirceu em liberdade.
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