Antonio
Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma, está
preparando o roteiro da colaboração premiada que vai fazer nos próximos dias.
Ele quer deixar a prisão em Curitiba, onde está desde setembro do ano passado e
para isso compromete-se a delatar o ex-presidente Lula, que até recentemente
era um dos seus maiores amigos. Vai entregar também esquemas de corrupção que
envolviam a venda de Medidas Provisórias para bancos e grandes empresas
brasileiras.
Com
o acordo proposto à Lava Jato, Palocci quer cumprir pena de somente um ano em
prisão domiciliar. Uma punição levíssima, para um petista acusado de ter
recebido R$ 128 milhões de propinas da Odebrecht para repasses ao PT.
Além
disso, o ex-ministro, identificado como “italiano” no departamento de propinas
da Odebrecht, era o responsável por movimentar uma conta secreta da empreiteira
em nome de Lula, que atendia pela alcunha de “amigo”, e que chegou a ter R$ 40
milhões à sua disposição.
O
ex-ministro já confirmou aos procuradores da República de Curitiba que vai
mesmo delatar Lula. Deve explicar as circunstâncias em que movimentou os R$ 40
milhões “destinados para atender as demandas” do ex-presidente, como revelou o
empreiteiro Marcelo Odebrecht em depoimento ao juiz Sergio Moro.
Desse
total, pelo menos R$ 13 milhões foram sacados em dinheiro vivo para o
ex-presidente petista pelo sociólogo Branislav Kontic, assessor do ex-ministro
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