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DEPOIS DE DECIDIR FICAR NO GOVERNO, PSDB SE PREOCUPA COM IMAGEM

Por Agência Estado 
A Executiva Nacional do PSDB de segunda-feira (12), que decidiu, em votação simbólica, não desembarcar do governo de Michel Temer, manteve aberta a divisão da legenda. Esse incômodo foi explicitado ontem (15) pelo jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que vai se desfiliar do partido. “Eles não avaliaram que lideranças e simpatizantes do partido se opõem a essa decisão. O PSDB não atendeu suas bases, cujo eleitoral tem como foco a ética e a luta contra a corrupção”, reclamou o jurista.
Interlocutores tucanos reconhecem que as palavras duras de Reale Júnior são péssimas para a imagem do partido. Embora ele não seja parlamentar — “não tem votos, tentaram minimizar alguns” —, a verdade é que Reale é muito respeitado no Sul e Sudeste, especialmente em São Paulo, nascedouro do partido. E não há como dissociá-lo do processo de impeachment de Dilma, quando ao lado da advogada Janaína Paschoal, fez a sustentação jurídica pelo afastamento, tanto na Câmara quanto no Senado. “Não podemos, agora, virar as costas para alguém que aplaudimos no ano passado”, reconheceu um cacique do PSDB.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), reuniu ontem a bancada de deputados para comunicar a decisão tomada na segunda-feira. Ele evitou dizer que a legenda vai lutar pelo governo, complementando que o partido vai “defender o Estado Brasileiro”, mas não acredita que haja um movimento de debandada do partido por conta das insatisfações internas. “O PSDB é um partido democrático. A decisão foi democrática e, quando isso acontece, a minoria se rende à maioria”, complementou Trípoli.
O casamento entre PSDB e PMDB de Temer, no entanto, tem data para terminar. Em tese, em abril do ano que vem, quando os ministros-candidatos — Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) e Bruno Araújo (Cidades) — deixarão os cargos para concorrer nas eleições de outubro de 2018.
Avaliações
Por enquanto, o partido acredita que conseguiu controlar a saída de alguns cabeças-pretas, que defendiam com mais ênfase o desembarque. Como apurou o Correio na semana passada, o mais suscetível a uma troca de legenda seria o deputado Daniel Coelho (PE), que se filiou ao PSDB em 2012, vindo do PV, e conversaria com o PSL. “Tenho muitos amigos no PSL, mas não estou conversando com ninguém sobre deixar o partido”, disse Coelho.
O deputado pernambucano elogiou o trabalho feito pelo presidente nacional da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), e pelo líder Ricardo Trípoli (SP) para tentar manter uma unidade na legenda. Mas não acredita que a reunião da Executiva vai calar os insatisfeitos. “Como foi uma reunião simbólica, sem votação nominal, aqueles que defendem o desembarque continuarão defendendo”, apostou Daniel Coelho.
Esse incômodo também é percebido por Tasso Jereissati, que confirmou, ontem, ter sido voto vencido na decisão quanto à permanência do partido no governo. Durante a tensa reunião da Executiva, na segunda-feira, Tasso afirmou que a sigla vive o momento mais difícil de sua história e lembrou a postura adotada pelo PSDB em 1992, quando o partido decidiu não integrar o governo Collor, que vivia seus estertores. “Nós estamos virando as costas para nossa própria história e perdendo o respeito perante a opinião púb
O partido também decidiu que vai recorrer, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), da decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de absolver a chapa Dilma-Temer. É preciso antes, no entanto, aguardar a publicação do acórdão do julgamento, o que só deve ocorrer no fim do mês. Para alguns, parece incongruência manter o apoio ao governo e recorrer contra a absolvição doTSE.

A explicação é que a história acabou empurrando o PSDB para essa incongruência. “Nós não votamos neste governo, não votamos no PT e no PMDB. Achávamos que existiam fatos graves que ajudaram a eleger essa chapa e esses fatos foram comprovados”, explicou o deputado Nárcio Rodrigues (MG).
Mas ele mesmo lembrou que o partido não poderia virar as costas para a grave crise econômica vivida pelo país. “Não podemos esquecer que temos 15 milhões de desempregados no país. Não podemos virar as costas para essa realidade por conta de um projeto de poder para 2018”, completou o deputado mineiro.
DEDÉ AUTO PEÇAS

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