Jargão popular entre boa parte dos brasileiros, a máxima do “agosto, mês de desgosto” encontra numerosos paralelos com a história política do País. Foi no 8º mês do ano que, entre muitas outras crises, Getúlio Vargas se suicidou, Jânio Quadros renunciou à Presidência e Fernando Collor de Mello foi alvo de impeachment. Passadas duas décadas desde o último grande “trauma” político do Brasil, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem agora, em agosto, um mês que pode ser decisivo para o seu governo. Com pelo menos quatro grandes desafios pela frente, a petista terá no turbulento mês perspectiva de uma “virada de mesa”, ou de enfrentar o aprofundamento da crise.
Primeiras quimeras de Dilma, os julgamentos de contas da presidente no Tribunal de Contas da União (TCU) - sobre as “pedaladas fiscais - e de ação contra sua campanha no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), terão novas movimentações. A polêmica ganha fôlego em 16 de agosto, quando estão marcadas novas manifestações contra a petista. Além disso, paira sobre Dilma as ameaças do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de armar “pauta bomba” contra o governo na Casa, com aprovação de matérias que elevem os gastos públicos.
Virada de mesa:
Se tem pela frente vários desafios, Dilma Rousseff também tem em agosto perspectiva de avanços e vitórias do governo na conjuntura política nacional. Será nesse mês que ocorrerão novos desdobramentos da Operação Lava Jato, que hoje promete atingir Eduardo Cunha, pedra no sapato do governo no Congresso. Caso seja afetado no escândalo, o peemedebista pode ter sua permanência no cargo comprometida.
Recentemente, a petista também recebeu apoio de governadores de todo o País contra a “pauta-bomba”. Caso saia vitoriosa nos casos do TSE e TCU, a presidente também deverá ter “pauta livre” para governar sem pressões da Justiça, podendo focar a gestão na melhora da economia.
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